
"- Parece até que é de graça", disse o senhor que estava sentado ao lado do meu digníssimo e amado namorado. Estavam lá sentados no banco de madeira em frente à loja de sapatos do tamanho do quiosque de sorvete do Mc Donald's. Forninho, inferninho, tudo baratinho e bonitinho, e com aquele mar floreado de mulheres, para ajudar.
Os dois lá, morgados e entediados, esperando suas respectivas e amadas senhoras. Senhoras estas, que estavam loucamente à procura de presentes para as pessoas queridas, e para elas também. Afinal, como boas mulheres que são, nunca deixam passar uma brecha sequer, para gastar seu suado e miserável salário mensal. É natal. Viva os cartões de crédito! Os cheques pré-datados! Os nossos e os vossos! Que alegria, vamos gastar!! O senhor estava certo. Brilhante frase. Não concluiria melhor. E para ano que vem, todas as boas e velhas desculpas esfarrapadas. "Estava tão baratinho, e ainda parcelava em 10 vezes!". É nega, se afunda no cartão e vai pro cheque especial! Mas enfim, lá se foram algumas onçinhas, em poucas horas. É o espírito natalino, eu acho.
Este ano mudei as coisas. Fui de "olheira" por duas ou três tardes. Para não sair torrando tudo, bem mão de vaca mesmo. Consegui comprar presentes óteeemos à preços justíssimos. Meus olhos, desta vez, não me enganaram. Tudo à vista, para não acumular contar. Entrando em novo ano, sussegada e aliviada. Cartões de créditos foram quebrados e cancelados a algum tempo, e os outros, das big-super-tentações-lojas de departamentos, ficam sempre em casa. Agora, só em emergências ou ocasiões especiais, incluindo depressão instantânea.
Valeu a pena todo esforço e a mão fechada. Voltei pra casa feliz e com tudo anotado na agenda, como moça organizada que sou. Desde às compras, os presenteados, os mimos para outros queridos, porém mais distantes, presenteados e um começo de uma estória neurótica. É, vou começar um livreto chinfrim. Pra mim, pra ele, pra você, pra quem for. Planos para o novo ano? Na verdade, não. Mas sim como um passa-tempo prazeroso e divertido. Talvez até arriscaria dizer, como uma fuga. Mas deixo este devaneio para outro post.
Ah, também rolou uma gripe! Eu tentei resistir, firme e forte, o dia inteiro. Consegui espirrar mais do que falei palavrões em toda minha vida. E foi quando minhas vias respiratórias estavam falecendo, que resolvi apelar à tudo. Tomei suco de laranja, remédio pra gripe, chá com mel e limão e xarope de própolis e todos outros milagres da natureza. Tentar dormir sem fungar tanto, vim parar aqui, novamente.
Insônia. Nada, é falta de vergonha na cara mesmo.
A verdade é que tinha que escrever alguma coisa...
Só agora conseguirei dormir, aliviada e menos neurótica.
Boas compras!
6 comentários:
selvageria comercial ninguém merece! seu namorado é paciente pra esperar? Eu qse sempre sou... mas juro que tive que treinar muito pra isso!
Que os espirros passem e que seu sono seja ótimo!
bjs
Menina, escrever também me alivia. Mais do que falar.
E você acredita que não comprei NADA pro Natal ainda?
E, vem cá, que bonitinho seu namorado te acompanhar nessa, hein?
Melhoras da gripe pra você.
Beijo.
Ah, esse Flanders é mesmo uma graça de menino!
Vc, vê se toma uma vitamina C e vai descansar, o que cura gripe é repouso.
Beijocas balsâmicas!
Ai, eu to so adiando minhas compras e qt mais adio, pior fica, ne? Bjo.
melhora da gripe! eu ontem fui comprar a minha maquina d costura e pesquisei mto, pechinchei (é assim q se escreve??? hehehe) e consegui sair satisfeita com o resultado! é bom comprar, heheheh! bjao! :)
escrever alivia né?
e parabéns! conseguiu se controlar! é tão bom comprar sem culpa, não?
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