
Eis uma menina que apalpou a areia, cavou e começou a construir seu castelo de sonhos. Ela é nova, feliz, cheia de vida e vontade. Mas tem desejos maiores. Bem maiores do que apalpa hoje, assim tão pequenina perto de tudo. De tudo que existe, de tudo que é, de tudo que quer ser.
Dizem que ela é, que ela faz, que ela pinta e borda. Mas os duvida. Nunca acreditou em diz-que-me-diz. É daquelas que fala e quer ouvir em seus próprios ouvidos. Tem seus pés de melissas avermelhadas por trás, lá das linhas da imaginação. Ela pisa em realidade mas logo se guarda em sua redoma de vidro fume em que criou. Criara quando teve medo do mundo. Este medo das pessoas más - coisas de menina. Hoje ela transformou o medo em vontade de ser e dele, faz o mundo pequeno diante de seus olhos. Faz acontecer, e desfaz de tudo que não quer mais. Ela descobriu que seu poder de escolha é sua maior arma, um de seus maiores bens.
Mas tem um gosto amargo de ser. Sabe que nem tudo são flores.. Ela tende a acreditar e sonhar com os outros, com ela, com seu mundo. Uns acreditam, outros duvidam. Uns estão lá do lado, outros a milhas e milhas. Uns conhecem, outros supõem. Mas nada mais que uns e outros. Ela não quer este gosto amargo de ser. Quer aquele sonho de algodão doce azul. Quer ser a cereja do bolo de chocolate. Adoçar com o chantilly de seu capuccino. Quer aquele todo gostinho de festa. Dos tempos áureos de criança.
Mas ela cresceu, agora é mulher. E se soubesse da graça! Se soubesse que os amargos podem ser doces também. Talvez não ficaria assim, tão miúda e tão guardada dentro daquele casulo cor-de-chuva.
Joy Division - Atmosphere
Dizem que ela é, que ela faz, que ela pinta e borda. Mas os duvida. Nunca acreditou em diz-que-me-diz. É daquelas que fala e quer ouvir em seus próprios ouvidos. Tem seus pés de melissas avermelhadas por trás, lá das linhas da imaginação. Ela pisa em realidade mas logo se guarda em sua redoma de vidro fume em que criou. Criara quando teve medo do mundo. Este medo das pessoas más - coisas de menina. Hoje ela transformou o medo em vontade de ser e dele, faz o mundo pequeno diante de seus olhos. Faz acontecer, e desfaz de tudo que não quer mais. Ela descobriu que seu poder de escolha é sua maior arma, um de seus maiores bens.
Mas tem um gosto amargo de ser. Sabe que nem tudo são flores.. Ela tende a acreditar e sonhar com os outros, com ela, com seu mundo. Uns acreditam, outros duvidam. Uns estão lá do lado, outros a milhas e milhas. Uns conhecem, outros supõem. Mas nada mais que uns e outros. Ela não quer este gosto amargo de ser. Quer aquele sonho de algodão doce azul. Quer ser a cereja do bolo de chocolate. Adoçar com o chantilly de seu capuccino. Quer aquele todo gostinho de festa. Dos tempos áureos de criança.
Mas ela cresceu, agora é mulher. E se soubesse da graça! Se soubesse que os amargos podem ser doces também. Talvez não ficaria assim, tão miúda e tão guardada dentro daquele casulo cor-de-chuva.
Joy Division - Atmosphere
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