No fundo, todos somos carentes. Todos precisamos de afeto e atenção. Todos precisam de amigos e colegas. Porque os amigos não estarão sempre prontos para nós -mesmo que queiram muito! Não estarão para todos os minutos de inquietação. Para minuto miserável!
Por isto os colegas e queridos se fazem tão importantes, tão quanto os amigos. Aqueles, contados nos dedos, como tanto citamos e gostamos de falar em auto-falante. Colegas são futuros amigos. São amigos presentes. São aqueles que podem participar do minutinho. Colegas dividem um dia a dia que talvez um amigo não tenha tempo para dividir.
Com o tempo, depois de ouvir muito dos outros falando de outros, percebemos que as chorumelas não cabem mais no pretexto, nem na risada depois do copo de cerveja. As pessoas tem direito de mudar. Todos temos este direito. E existem amigos... e amigos. Eu vejo e simplesmente gosto, ou não. Vai do meu coração, da alma, dos cosmos,"do santo bater", que seja! Percebo que meu gostar é mais sincero do que ser politicamente correto, e que ser correto é ser sincero e não político.
Gostaria de ver mais amor nas pessoas. E por mais que as ame - e muito! - eu sinto falta de ver este afeto ao próximo. Com aquele que puxa conversa porque está sozinho, mas é feliz e está lá te olhando com a maior satisfação. Não é coitado, é lindo de ver. Ou aquele que tem poucos amigos, e que quando está carente te pede atenção. De alguma forma, sem compromisso e sem intimidade. Só está lá, mostrando que está afim de conversar, de dividir, ou conhecer mais deste seu mundo, de outro mundo.
Sentimento cru. Que é guardado, que não é dito, que não se mede. É esquisito... sentir, é esquisito... saber que existe sentimento assim... e que tem forma e alguns nomes até. Seria só mais um sentimento, se não fosse tão real... prefiro acreditar que é gosto de gostar. Soa mais bonito, talvez? É bonito ser bonito também. Faz parte da brincadeira...
Um comentário:
Sabe, descolei o antídoto pra essa, hum, carência? Não sei se carência. Essa solidão quase imposta, digamos assim. Larguei o whisky e no auge dos meus 25 anos comprei um video game. E me divirto, feito criança de novo.
Bjs
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