A mulher da melissa vermelha e do cabelo cor de fogo

Estava mole. Foi um dia cheio e de algum estresse. Ela tinha as unhas para pintar e os pés ardiam de cansaço. Mas mesmo relutando contra todas obrigações, ela queria e iria ficar de pernas para o ar. Ela queria uma noite de rainha. Da rainha do lar das cores e das flores.
Chega em casa, tira a sapatilha e senta para relaxar. Toma seu banho, se banha de creme. Aquele de frutas vermelhas. Dos cassis, das amoras, dos amores. E se sente tão mulher que mal consegue colocar um pijama, ela prefere o roupão e é com ele que resolve ficar.
Vai pra lá, pra cá e se deita na cama como a donzela do filme. É, ela tem quatorze filmes novos e sofridos para alimentar aquele ócio todo. E faz.
Deita de pernas para o ar, liga o filme da donzela e come seu brigadeiro com uma pitada de café. Come de colher. De várias colheres... Só porque é seu dia. O dia de rainha.