20.5.11

por mais que...

Há momentos em que não podemos evitar e acredito que é muito mais que humano: sentir raiva. Não uma raivinha a toa, um impulso decorrente de mau humor, nada disso. Aquela raiva do fundo do âmago. A raiva humana. Aquela que ninguém realmente assume.
Eu sinto sim, e confesso que sinto. Confesso porque gosto de confissões, porque gosto de escrever e porque, e mais que tudo, acho digníssimo termos a coragem para assumir. Isso não é de sempre não, imagina se fosse! Faz pouquíssimo tempo que venho exercendo meu lado "bom e calmo" de ser. Isso era raro e tão raro que levava a minha fama. (por mais que eu ache - e sempre achei - completamente medíocre querer definir alguém).
O fato é que eu tive raiva de não ter raiva. Por mais paradoxo que te soe, foi exatamente isso que eu senti a alguns minutos atrás. Confesso que me choquei também, senti um sublime prazer em não sentir raiva e logo em seguida assume que amadureci (mais um pouco) nesse quesito. A calmaria parece que finalmente me fisgou e hoje eu só consigo ser bacana, sem falsidades e sem demagogias. Bacana por ser feliz e por saber que é bacana ser bacana. Sabe? Pode te parecer ridículo, eu compreendo e te dou todo direito. Mas... se você soubesse o quanto isso é fantástico para mim! Não sei bem dizer a que devo tudo isso. Sinceramente isso é bem complexo pra mim ainda. Creio que um dia eu posso descobrir, mas também não faço questão.
Não sei de que maneira terminar esse post de insônia-pós-reflexão, inesperado, com uma xícara de café às cinco e vinte e quatro. Talvez, assim mesmo.

Nenhum comentário: