
Sempre acreditei nas coincidências, em sorte, acaso... mas após tanto amargurar decepções, passei a enxergar somente o visível diante dos meus olhos. Dos meus. De mais ninguém. Passei a guardar a confiança depositada em outros, somente pra mim. Para meus projetos. Projetos estes, que passei a não querer mais compartilhar. Compartilhando apenas com quem merecia ouvi-los. E aceitaria a função de meu amigo para apoiar ou criticar.
Depois de bater a cabeça, coisa que farei mais dezenas e centenas de vezes, passei a não acreditar. Qualidade que eu tinha de grande valia e que me dava orgulho. Em acreditar. Querendo ou não, ser levada a sério. Adorava confidenciar segredos e trocar histórias. Acreditava em somar. Somar para dividir, para multiplicar, ou somente por somar e distribuir. Esse sempre foi meu grande e único critério. Aquele que nunca poderia ser quebrado, como um pacto, uma responsabilidade, uma função dada a qualquer um em que eu depositava minha confiança.
Muitos se foram, seguiram em frente, deixaram tudo pra trás. Outros ficaram, somaram mais, surpreenderam e fidelizaram meus votos. E há, sempre há de existir, o meio termo. Abençoado seja o meio termo. Os duvidosos. Os caminhos tortos. As histórias sem pontos finais. Aqueles que pode surpreender um dia.
Eu, que sempre passei por cima do meu orgulho, por amor a causa (independente de qual seria e por qual motivo lutaria, seguia meu coração), passei a estagnar e esperar, deixando que o tempo cuidasse e fizesse por fim, o meio termo virar ponto final. Pelo sim, ou pelo não, sem qualquer outra conclusão mais elaborada, eu esperei. Esperei, provavelmente, porque ainda tinha esperança. Porque sentia falta. Porque sentia que não era o fim. E dos meus sentimentos, eu nunca duvidei. Qualquer resquício de carinho, por mínimo que seja, eu não anulo. Nunca. Porque acredito, ainda, na bondade e no amor. Bendito seja o amor. É um dos únicos sentimentos, que quando sincero e puro, não decepciona. Justamente porque é puro e inocente. Aquele que fala por si. Enche teus olhos de lágrimas, dói de tão gostoso, ou de tão ruim. Vai do ápice da felicidade a mais amarga fúria. É o sentimento que move o mundo, as pessoas, as coisas, energia e qualquer outra molécula que há de existir neste universo. Acredito em energia e em pensamento. Acredito e digo, sem piscar, que as pessoas conversam e se relacionam por pensamento, mesmo que há milhas de distância.
E por isso digo, ou melhor... escrevo, que estou feliz. Por ter acreditado e levado um sentimento, que boto tanta fé, até hoje, e que mais uma vez não me decepciona. Fico feliz em saber que ainda há transmissões de pensamentos, trocas de energias, saudades e nostalgias que possam ser compartilhadas. E agradeço aos deuses, por mais uma oportunidade que o universo conspirou para meu caminho. Acredito muito, agradeço muito e tenha dito: acredite no que você ainda acha que possa valer a pena. Por mais difícil que seja acreditar. Por mais doloroso que seja perdoar, a você e ao outro.
Acredite e compareça, por amor.
Boa noite.
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